As novas tecnologias em tempos de crise (Parte 1)

Guerras, revoluções e pandemias aceleram novas tecnologias.

Essas crises listadas acima tendem fazer a humanidade acelerar os processos tecnológicos. Podemos notar isso durante a 1ª Guerra Mundial. quando os americanos inventaram o sistema de comunicação via rádio com os pilotos. E até a medicina, com o advento da produção em massa da Penicilina na 2ª Grande Guerra.

O mesmo está acontecendo nessa pandemia do novo coronavírus. Para que tenhamos uma população mundial segura para voltar às atividades corriqueiras da sua vida – vida normal nunca mais teremos, que fique acordado entre nós, se faz necessário antecipar os processos técnicos de pesquisa e desenvolvimento de uma vacina. Hoje temos no mundo ao em torno de 160 vacinas sendo estudadas. Vou me reservar no direito de ainda não comentar sobre a vacina da Rússia. Por motivos científicos óbvios.

A vacina com o tempo mais breve a ser aprovada e produzida é do Sarampo. O vírus causador do Sarampo foi descoberto em 1953 e a vacina chegou até nós em 1963.

A pandemia atual veio mostrar para a humanidade e seus dirigentes políticos que a vida além de ter pressa, tem prioridade sobre qualquer necessidade burocrática. E os maiores laboratórios farmacêuticos estão acelerando processos e criando novas tecnologias para antecipar a descoberta de uma vacina segura.

No âmbito social vemos o uso de tecnologia de reuniões virtuais por intermédio de softwares e aplicativos. Dessa maneira, muitas empresas conseguiram manter postos de trabalhos e negócios. Não necessitando romper de forma mais trágica com as atividades empresariais. E uma grande parcela da sociedade que era arredia ao uso de celulares, Tablets e Computadores se viu obrigada a aprender a se conectar com clientes, fornecedores, médicos e parentes.

Nunca antes na história da humanidade se fez tantas reuniões virtuais como nesses últimos 5 meses.

As relações de trabalho mudaram. E muitas empresas descobriram que não possuem a necessidade de manter uma sede com dezenas de salas e trabalhadores. Apesar de não ser novo, o Home Office tomou seu lugar de destaque no meio corporativo. E se descobriu que manter o empregado em casa pode até ser muito mais produtivo. Softwares de gestão de equipe e de tarefas foram incorporados. E líderes de equipe aprendem a gerenciar seus colaboradores de forma remota. Algumas empresas já estão se desfazendo de prédios inteiros.

E o controle do distanciamento social, que é com certeza o maior desafio nessa crise pandêmica, se mostrou mais que necessário. Mas uma obrigação dos gestores públicos. E surgem soluções tecnológicas que talvez só fossem ser incorporados, e com extrema dificuldade, em décadas talvez.

Nesta segunda-feira (10 agosto), a Prefeitura de Florianópolis colocou em funcionamento as novas câmeras de identificação de usuários sem máscara e com temperaturas acima do permitido. Assim, de forma remota, pode acionar seus fiscais, e não deixar que o usuário permaneça nos terminais e dentro dos coletivos. Dessa forma, evita um aumento no contágio.

E o Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, já havia colocado em prática a necessidade dos usuários do transporte coletivo da cidade e região metropolitana, de fazerem check-in via QR Code ao usar os ônibus. E em caso de se identificar uma pessoa que tenha andado de ônibus nos dias anteriores à sua confirmação de infecção, o sistema da prefeitura identificará todos os passageiros e os comunicará para realizar testes, e assim evitar que outras dezenas de pessoas sejam infectadas.

É essa visão proativa que os gestores públicos por todo o mundo devem ter. Sendo mais assertivos e deixando, na grande parte deles, o quase analfabetismo digital. E essa é uma tecnologia que poderá no futuro próximo ser utilizada para a identificação de visitantes em prédios comerciais, não necessitando mais de se passar pelo controle de entrada e saída de edifícios  privados e públicos. Agilizando o tempo de permanência nestes locais e evitando atrasos e contratempos.

Florianópolis é um grande centro tecnológico do país. Muitas empresas de TI estão se mudando para a cidade. E nela, dezenas de outras empresas e Startups estão nascendo. E com certeza essa visão tecnológica do Prefeito Gean Loureiro levará Florianópolis a uma vitrine empresarial muito significante. E que fará com que empresas e negócios no entorno da tecnologia queiram fazer parte desse ambiente assertivo. E com isso, a Ilha da Magia possa num futuro breve e médio prazo, sair melhor dessa crise.

Fiquemos com a ciência. Fiquemos bem!

Dr. Augusto Dias

Especialista em Gestão de Propriedade Intelectual